domingo, 10 de junho de 2018

Rasteirinhas

Em 2014, o Brasil foi “a Pátria de salto alto”. O time estava mais interessado em posar e dar entrevistas do que em treinar com aplicação.
O resultado foi o ignominioso 7 a 1, que ainda hoje aparece como uma nota derrisória, um estigma vergonhoso, um ferrão em nossa alma de torcedores.
Naquele ano tínhamos um técnico vaidoso e personalista; agora temos um Tite, que não gosta de ti-ti-ti; sua franqueza de “paizão” consquistou a torcida.
Fala-se que falta empolgação popular, e a tal “corrente” ainda não se formou. De fato. O atual momento do Brasil dificulta a conexão dos elos, mas é bom não esquecer que a Seleção sempre foi a antítese da política e do chamado “mundo oficial”.
O Poder costumava capitalizar as glórias das conquistas mas não se confundia com elas. A Seleção era (e esperamos que continue sendo) do povo. Mesmo porque, no atual momento, ninguém da equipe deve se comover com a possibilidade de receber cumprimentos no Planalto. Seria bola fora.
É preciso recuperar a humildade. A Seleção tem que ser “a Pátria de rasteirinhas” para brigar sem empáfia e dar uma rasteira nos gringos. Sem isso não vai conseguir arrebatar o Caneco. Sem isso, a coisa pode ficar ruça.

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