Depois de um longo tempo, Carlos e
Euclides se encontram na praia. Apertam-se calorosamente as mãos, e Carlos
convida o amigo a seguir até o fim da orla para botarem a conversa em dia.
- Não dá. Olhe para o céu.
O outro olha: - E daí?
- Não está vendo? A chuva é eminente.
Carlos estranha esse “eminente” e
pergunta:
- Como é que você sabe que vem uma chuva
superior às outras?
- Não sei se vai ser superior. Sei que é
eminente...
Carlos percebera que Euclides trocou os
adjetivos; ele queria dizer “iminente”. Tenta com jeito explicar ao amigo a
diferença (há pessoas que não gostam de ser corrigidas):
- Eminente é “destacado”, “saliente”.
Não tem nada a ver com “iminente”, que significa “prestes a”. Uma coisa
iminente está em via de acontecer.
- “Em via”? Eu pensava que era “em
vias”...
- Pois aprenda essa também - diz Carlos,
rindo. E depois de uma pausa: - Como é, vamos até o fim da calçadinha?
- Não quero arriscar. Mesmo uma chuva
fraca pode me fazer mal. Dizem que o chuvisco é até pior... A gente pode se ver
depois?
- Claro. Se você aparecer por aqui toda manhã, estaremos sempre na iminência de nos encontrarmos.
- Vou lá, então. Já estou sentindo uns pinguinhos...
- Até a próxima. E saúde! - deseja Carlos, lembrando-se de que já no tempo da escola o amigo demonstrava uma excessiva preocupação com o clima. Cada um com suas manias!
- Claro. Se você aparecer por aqui toda manhã, estaremos sempre na iminência de nos encontrarmos.
- Vou lá, então. Já estou sentindo uns pinguinhos...
- Até a próxima. E saúde! - deseja Carlos, lembrando-se de que já no tempo da escola o amigo demonstrava uma excessiva preocupação com o clima. Cada um com suas manias!
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