Esse
Manoel nasceu de um barro
único,
todo especial.
Veio
fazer com as palavras
um
carrossel, ou carnaval,
em
que a brincar, sempre travesso,
desvenda
as máscaras do sentido;
remove
a tisna dos vocábulos
até
resgatar-lhes o brilho.
Quer
ver de novo resplenderem
como
no tempo auroreal,
quando
o espírito, em liberdade,
desconhecia
o bem e o mal.
Não
veio só, também com ele
veio
o sopro de Deus, o alento
que
infunde no verbo a força
do
renovado encantamento.
(da
série "Meus pecados poéticos")
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