sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Soneto de Ano-Novo

             Ano-Novo. E sempre, nessa data,
             em meio à correria que não cessa,                  
             buscamos (com uma ponta de trapaça)             
             renovar os desígnios e promessas.

             O que não fomos, por preguiça ou medo,
             seria, enfim, agora resgatado,  
             e nos parece que ainda é cedo
             para viver o antigo sonho adiado.
           
             Melhor seria nada prometer
             para não virmos nos arrepender
             quando chegar o fim do novo ano

             mas é próprio das nossas ilusões
             arquitetar grandes resoluções
             e vê-las ruir por voluntário engano.

            (da série "Meus pecados poéticos")

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