Minha cadela, velhinha,
já não late
e
mal se mantém de pé.
Quando
anda, esbarra em paredes e móveis.
Se sente dor, não protesta,
e o pouco que come
parece que é para nos contentar.
Mas tem um ar de resignação
quase alegre,
como se soubesse que só a morte
a libertará da velhice.
Sábia, a minha cadela
me dá lição de morrer.
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