Chega aos sessenta aquela que,
um dia,
conheci no frescor da
juventude
e se fez minha doce companhia
“na tristeza, na dor ou na
saúde”.
Não poucas vezes me indaguei,
medroso,
o que no rosto lhe faria o
tempo;
se a beleza, à força dos
desgostos,
dele se iria como o pó ao
vento.
Percebo agora, tantos anos
idos,
que esse temor carece de
sentido
e que era vã a minha fantasia,
pois a beleza não se
desfigura
quando a anima, retoca e apura
outra maior, que dentro se
irradia.
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