Em 2014, o Brasil foi “a Pátria de salto alto”. O time estava mais
interessado em posar e dar entrevistas do que em treinar com aplicação.
O resultado foi o ignominioso 7 a 1, que ainda hoje aparece como
uma nota derrisória, um estigma vergonhoso, um ferrão em nossa alma de
torcedores.
Naquele ano tínhamos um técnico vaidoso e personalista; agora
temos um Tite, que não gosta de ti-ti-ti; sua franqueza de “paizão” consquistou
a torcida.
Fala-se que falta empolgação popular, e a tal “corrente” ainda não
se formou. De fato. O atual momento do Brasil dificulta a conexão dos elos, mas
é bom não esquecer que a Seleção sempre foi a antítese da política e do chamado
“mundo oficial”.
O Poder costumava capitalizar as glórias das conquistas mas não se
confundia com elas. A Seleção era (e esperamos que continue sendo) do povo.
Mesmo porque, no atual momento, ninguém da equipe deve se comover com a
possibilidade de receber cumprimentos no Planalto. Seria bola fora.
É preciso recuperar a humildade. A Seleção tem que ser “a Pátria
de rasteirinhas” para brigar sem empáfia e dar uma rasteira nos gringos. Sem isso
não vai conseguir arrebatar o Caneco. Sem isso, a coisa pode ficar ruça.
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