domingo, 16 de outubro de 2022

Dia do Pão


             Hoje é o Dia do Pão. Louvemos esse alimento essencial, que se tornou símbolo de todos os outros; a preocupação básica do ser humano é garantir “o pão” de cada dia.
           Sou um panófilo assumido. Para mim, no café e no jantar pode faltar tudo, menos pão. Com uma fatia de queijo, ele nutre e se constitui numa festa para o paladar. Vale por um bife, com a vantagem de não ter as toxinas da carne.
           Nem só de pão vive o homem, mas com ele a vida fica melhor. Tanto para o corpo, quanto para a alma. Não à toa, as meninas o escolheram para figurar um rapaz bonito (de mim, nunca nenhuma disse que sou um pão!).
           É um dos poucos alimentos que tem um significado, como demonstra o seu papel na liturgia cristã Que outro mereceu representar a corpo do Salvador?
           Há vários tipos de pão, e hoje a oferta é bastante diversificada. Mas prefiro o clássico e frugal pão francês. Confesso que há nisso  um quê de nostálgico; ele me lembra o tempo em que eu, menino, ficava encarregado de ir buscá-lo na mercearia. Escolhia os mais tostadinhos para depois me fartar em casa depois de encharcá-los de manteiga (na infância não há colesterol).
           Como tudo tem dois lados, há também o pão que o Diabo amassou. Nunca entendi o que o Tinhoso foi fazer nos fornos de uma padaria, mas já se disse que ele está sempre à espreita e entra onde aparece alguma brecha. Desse pão felizmente provei pouco, e agora, com a idade, aprendo cada vez mais a evitá-lo. 
           Mas não deixemos que lembranças desagradáveis ensombrem um texto comemorativo. E viva o pão no seu dia! Ele não pode faltar na mesa, mas se isso ocorrer não se aperreie; leve numa broa.

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