segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Tese de Chico Viana sobre Augusto dos Anjos será reeditada

A reedição de “O evangelho da podridão; culpa e melancolia em Augusto dos Anjos”, tese de doutorado defendida por Chico Viana sob a orientação de Helena Parente Cunha, é uma das ações com que a Fundação Casa de José Américo comemorará o centenário de “Eu”, que ocorre este ano.
Conforme a Resolução 003/2012 do Conselho Deliberativo da entidade, publicada no Diário Oficial do último dia 18, farão ainda parte dos festejos “a realização de debates (mesa redonda) pertinentes” e “a aposição de um marco - nas dependências do órgão - que registre a participação da FCJA no aludido Centenário”.
A primeira edição de “O Evangelho...” veio a público em 1994, com o selo da Editora Universitária, e foi apresentada pelo acadêmico Antônio Carlos Secchin, que havia participado da banca examinadora na UFRJ. O livro, esgotado há alguns anos, teve boa aceitação acadêmica e hoje figura na bibliografia de muitas dissertações e teses sobre o paraibano.

                       O “Evangelho da podridão” e a crítica

O cuidado didático de explicar cada conceito teórico utilizado, a precisão em concatenar os argumentos, o recurso constante do exemplo analisado são traços que garantem a estes escritos um ótimo nível de entendimento. A leitura flui agradável e instigadora, envolvido o leitor pelo estilo e também pela devoção do crítico ao seu poeta. Envolvido o leitor pelo entusiasmo que o conduz de um texto a outro, até o fim. (Ângela Bezerra de Castro)

“Fiquei impressionadíssimo com esse ensaio de alto nível. Um rapaz que trocou a medicina pela literatura e sabe ler a obra de Augusto dos Anjos com uma profundidade, uma verdade, uma consciência crítica de velho scholar. Quero louvar em Chico o seu rigor, como em Valéry. E em Da Vinci. Não diz uma palavra que não se documente, com espírito de minúcia e, ao mesmo tempo, com amplidão de perspectivas.” (Antonio Carlos Villaça, no Jornal do Brasil)

“...é dentro desta perspectiva contemporânea, marcada em síntese pela necessidade de pensar a obra do poeta enquanto obra necessariamente poética, artística por assim dizer, que surge o trabalho talvez mais rigoroso, mais denso e mais completo sobre o corpus literário de Augusto dos Anjos.” (Hildeberto Barbosa Filho)

“...enfatizo que não se deve perder mais tempo em dar a público um dos estudos que mais esclarecem a leitura do poeta de Eu.” (Sebastião Moreira Duarte)

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O poder da frase