domingo, 20 de dezembro de 2015

Previsões para 2016

Não faço muita fé na astrologia, mas nesta época do ano é impossível não ter curiosidade sobre o que os astrólogos preveem para os próximos 12 meses. O problema é em quem confiar, pois nesse domínio, como se sabe, proliferam os charlatães.
Diante disso, fui à internet e fiz uma longa pesquisa. Deparei-me então com um tal professor Omar Sekou, que me pareceu confiável. Eclético, ele também joga cartas, búzios, tarô, e não satisfeito ainda consulta uma bola de cristal. Além disso cobra uma pechincha pela consulta. Eis algumas de suas previsões para o próximo ano:
- Levando em conta o acirramento dos ânimos nas recentes sessões plenárias, a presidência da Câmara criará um Regulamento para as brigas dos deputados. Em caso de contendas, ficam proibidas as cabeçadas e as aberturações nos colegas, que nesses casos estão autorizados a revidar. O aconselhável, no entanto, será trocar as agressões físicas pelas verbais, desde que venham antecedidas do devido pronome de tratamento. Por mais “cabeludo” que seja o palavrão, não se deverá esquecer de tratar o oponente por “Vossa Excelência”; do contrário, faltar-se-á com o decoro.  
- A presidente Dilma sofrerá impeachment, mas se recusará a passar a faixa a Michel Temer. Lula irá em seu lugar e, com isso, protagonizará uma cena nunca vista na história deste país. Ao deixar Brasília, Dilma fará questão de levar sua bicicleta; teimosa como é, não abandonará as pedaladas.  
- Os EEUU serão alvo de críticas na ONU por não respeitarem o acordo sobre o clima, celebrado em Paris. Segundo o secretário de Estado americano, o limite de 2 graus seria impraticável, pois sacrificaria a indústria e o progresso americanos. O protesto não será apenas do governo; segmentos da população também vão repudiar o limite na emissão dos gases poluentes. Como sinal de protesto, um atirador invadirá uma sala de aula em que se explicam os efeitos do aquecimento global, matando o professor e diversos alunos. Obama irá à TV propor um limite rigoroso na venda de armas, e na saída levará um tiro de raspão. Nada grave.
- As máscaras mais comuns no Carnaval terão os rostos de Sérgio Moro e do Japonês da Federal. A marchinha alusiva a este personagem, por sinal, estourará nas ruas e clubes de diversas cidades brasileiras.  A Lava Jato botará o país para dançar.
- José Serra vai se desfazer da sua adega. Traumatizado com o episódio envolvendo a ministra Kátia Abreu, ele se tornará abstêmio e fará disso uma bandeira nos palanques em que discursará daqui para a frente.  
      - O Brasil ganhará medalhas de ouro no judô e no nado sincronizado. No futebol, será goleado nas quartas de final pela Alemanha, por um placar que vai lembrar a derrota na Copa de 2014. Analistas tentarão explicar o episódio apelando à filosofia, especialmente a Nietzsche, com a lei do eterno retorno. Numa das provas de canoagem, ocorrida na Lagoa Rodrigo de Freitas, uma das canoas vai virar. A imprensa internacional criticará duramente a ausência de um serviço de desinfecção para atender os atletas, dos quais ninguém vai poder se aproximar em razão do mau odor. Isso pelo menos calará os que criticavam as competições, alegando que de tão mornas elas não fediam nem cheiravam.

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A esquecida