O humor é sério justamente porque
combate a excessiva seriedade. Quando tudo fica sisudo demais, nada como contar
uma boa piada. Isso relaxa e põe em xeque a pretensa gravidade da situação. Não
é à toa que as melhores anedotas são sobre aquilo que mais nos preocupa ou
angustia – sexo, religião, casamento, morte. Tratá-los jocosamente é uma forma
de se sobrepor à ameaça que essas experiências representam.
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-- Sabe qual é seu problema? Você não
ama os homens.
-- Eles merecem?
-- Justamente por isso precisam ser
amados. Não há mérito em se amar quem merece.
-- Ah, não me venha com esses conselhos
cristãos!
-- Não são conselhos; não gosto de
aconselhar ninguém. Nem são apenas cristãos. São... humanos. Se o humanismo coloca o homem no
centro de tudo, é porque o considera digno de amor. Por que não?
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A culpa muitas vezes leva o homem a
confundir confiança com presunção. É preciso escapar dessa armadilha e
acreditar em si. Afinal, como diz Paul Johnson, “a confiança é o começo da
destreza”.
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As pessoas fazem questão de que uma
história seja “verdadeira”, embora considerem insuportável a realidade. O
aparente paradoxo se explica: uma coisa é a realidade vivida; outra, a
realidade contada. Na ficção, a realidade não dói. É apenas algo que
constatamos, sem viver.
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No Brasil o espírito de séquito
sobrepõe-se à avaliação do mérito. Os “nossos” são sempre inocentes (vítimas de
manobras políticas) e os “outros” são culpados, independentemente do que façam.
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Não sei se há um método comportamental
para diminuir a depressão ou se apenas remédio ajuda. No entanto, como a culpa
que acompanha o quadro depressivo se agrava com a percepção das próprias falhas,
tentar fazer a coisa certa concorre para diminuir o desânimo.
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Quando as coisas passam, parecem inevitáveis.
Esse é um processo de racionalização pelo qual julgamos vencer o acaso -- achar
que o que aconteceu tinha de acontecer. Ora, nada tinha de acontecer, a não ser
depois de ter acontecido.
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