As redes sociais criaram um tipo
estranho de relação entre as pessoas: quem delas participa não está só, mas
também não está acompanhado.
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O Facebook é um micromundo. Como tal,
reflete a realidade do espírito humano, que oscila entre a comiseração e o
despeito. Muitos que curtem não leem, e muitos que leem não curtem. Felizmente
existem as boas exceções, que fazem as duas coisas.
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Frequentemente sou assediado na internet
por dois tipos de pessoa. O que quer me converter e o que quer me perverter.
Resisto com igual ênfase aos dois por fidelidade tanto ao livre pensamento (o
maior bem do homem) quando à minha identidade sexual (o maior bem da minha
mulher).
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A política é a
única atividade para a qual a pessoa não precisa se formar. Exerce sem diploma,
como outros fazem bicos. Você conhece algum parlamentar formado em ciência
política? Quem tem esse título geralmente não participa do jogo partidário e
quando o faz se dá mal. É que para esse jogo a habilidade exigida é outra e dispensa
a chancela de um diploma. Atenção, isto não tem nada a ver com a possibilidade
de um analfabeto chegar à presidência da República. O problema, bem postas as
coisas, não está no grau de instrução; está na competência e na seriedade de
propósitos, que na maior parte das vezes estão associadas a um saber.
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Segundo o cristianismo, o preço do
pecado é a morte. Se não tivesse pecado, por meio de Adão, o homem seria
eterno. Como os outros animais também morrem, das duas uma: ou eles também pecaram,
ou são vítimas de uma tremenda injustiça divina.
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Por
meio do casamento, escolhemos não apenas quem será a mãe dos nossos filhos ou
com quem vamos dividir as dificuldades do dia a dia. Escolhemos também com quem
vamos envelhecer. E se o destino do envelhecimento é a morte, pelo casamento decidimos
com quem vamos morrer. Esse é o grande teste para o amor. Amar quem nos
gratifica é fácil, pois atende à cota de egoísmo presente em cada ser humano.
Difícil é amar quem dá trabalho e tem pouca, ou nenhuma, capacidade de
retribuição.
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Para o artista, a eternidade está no
próprio ato de criar. É por esse ato que ele vive a transcendência da sua arte.
Caso ela “fique”, ficará para os outros. O artista, enquanto homem, não sentirá
o benefício da glória. Já o momento de fazer é tão-somente dele.
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