A rotina da quarentena exige um maior
envolvimento nas atividades culinárias por parte dos que, como eu, exercem-nas
mediocremente. Estou longe de ser aquele tipo de sujeito que não sabe fritar um
ovo, porém confesso que às vezes deixo queimar a omelete. Minha mulher tem
trabalhado mais, concordo, no entanto já tentei lhe mostrar que a sua atividade
tem uma nobreza que a minha está longe de ter. Cozinhar é uma arte; lavar a
louça, não. Fazer a comida envolve a escolha dos ingredientes, a dosagem dos
temperos, a graduação da temperatura do forno para obter o ponto ideal de
cozimento. É um trabalho que motiva seu autor e lhe desperta a criatividade. Já
lavar os pratos e talheres constitui literalmente a parte “suja”. Elogia-se
facilmente um prato bem-feito, mas poucos (ai de mim!) valorizam uma louça
lavada com esforço e aplicação. A tendência dos outros é demonstrar a
insuficiência do trabalho, apontando a tisna renitente, a borra disfarçada, a
mancha de gordura que ficou...
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