Ele era um grande crítico dos costumes e sobretudo da política do Brasil, com suas deformações e vícios — o maior deles, a corrupção.
Era também um cantor sensível da figura feminina. Suas
modinhas, que lembram os menestréis do Medievo, têm um lirismo terno e
romântico.
Satirista impiedoso, via no humor o recurso mais eficiente
para ridicularizar os medíocres e mal intencionados.
Não poupava a si mesmo da ironia, conforme cantou em famosa
composição em que critica o próprio apêndice nasal — que, segundo ele, só não
era maior do que a miséria do País…
Ao iniciar um dos shows que deu por aqui no Theatro Santa
Roza, por volta da década de 1970, reagiu a um morcego que sobrevoava o palco,
dizendo: “Olha o passarinho…”.
A plateia não conseguiu segurar o riso.
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