sábado, 19 de julho de 2014

Requentando a Copa

   (ou: “Lembrando o se queria esquecer”)

                                                    Diálogos

                                                          I
- E o ataque da Seleção?
- Não Fred nem cheira...

                                                         II
No consultório médico:
- Qual o problema, Seu Brasil?
- Indigestão de salsicha, doutor. Comi demais salsicha alemã.
- Isso pode ser aliviado com suco de laranja. Você espreme sete laranjas...
- SETE?! Pelo amor de Deus, doutor. Não me fale nesse número!

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        A agressão a Neymar foi um desfecho anunciado e se deveu, sobretudo, às confusas determinações da Fifa quanto ao papel da arbitragem. Parece que a ordem era deixar a partida correr de qualquer jeito. O pessoal da Globo comentava, desde o início, que o juiz parecia ter esquecido os cartões.
       O resultado não poderia ser outro: a vitória do futebol perna de pau sobre o futebol-arte, que enche os olhos e alegra o coração. Não será surpresa se, daqui até domingo, outros craques saírem de maca. A tendência é que permaneçam em campo os truculentos e covardes, que por não terem habilidade nos pés usam os joelhos e, ainda por cima, agridem por trás.  
     Esse joelhaço vai ficar como a nota triste da Copa. Tanto pelo gesto em si quanto pela possibilidade de interferir no desempenho do Brasil, pois Neymar é um desses jogadores que decidem uma partida e, consequentemente, podem definir uma classificação. É curioso que justamente ele tenha sido posto fora de combate.
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      O gol do Brasil na partida contra a Alemanha foi saudado como “de honra”.  Que pode haver de honroso numa derrota por 7 a 1?
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      Que diria Nelson Rodrigues sobre nosso “complexo de vira-lata” se tivesse assistido ao massacre que nos foi infligido por um pastor alemão?
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       Afogar as mágoas, sim, mas não com chopp. Seria irônico demais.
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                    Queríamos o Caneco... Tomamos na cuia. 

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