Num tempo que demanda calma e
siso,
já antevendo a sombra do sol-posto,
do meu pobre lugar eis que diviso
a iluminada aurora do seu rosto.
Sol ou onda, bateu com força, e
tudo
que em mim dormia ou parecia
quieto
despertou. Vi-me então, fraco e desnudo,
mover os passos ao caminho
incerto.
Não o pude trilhar, e o ser
errante
se foi, como em silêncio morre o
dia,
levando no sorriso a tentação.
No entanto me fez, por um
instante,
encher de novo o peito a alegria,
de novo bater forte o coração.
(da série “Meus pecados
poéticos”)
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