O vazio
dos espaços urbanos parece um contrassenso num país em que se ama passear e estar
com os amigos. Olho para a minha rua e não vejo ninguém. Ou melhor, um
retardatário volta apressado para casa. Temerá um assalto ou a contaminação? (A
dúvida procede, pois os marginais não recuam nem em tempos como estes; são
vírus sociais, e para eles os governos até agora não foram capazes de encontrar
vacina). As luzes dos apartamentos sinalizam a prisão das pessoas lá dentro. O
mais estranho é a ausência de buzinadas, que destoa da trilha sonora comum nas
cidades. Todo esse silêncio nos leva a refletir, humildes, sobre a precariedade
da nossa aventura no planeta. A pandemia não enterra apenas os mortos; enterra
também os vivos. Só que estes últimos, cessado o flagelo, terão a possibilidade
de renascer.
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