terça-feira, 27 de maio de 2025

Cena de "avião"

O mundo viu o tapa que a primeira-dama francesa deu no marido e tem especulado sobre a razão. O fato, como se sabe, ocorreu quando o casal ia descer do avião no aeroporto do Vietnã.

Tenho uma tese para desfazer a dúvida; o motivo plausível para o destempero da mulher deve ter sido outro “avião”, este metafórico e representado por alguma aeromoça para quem Macron teria lançado uns olhos cobiçosos.

Ressentida, Brigitte (que está longe de ser Bardot) não se conteve e partiu para a agressão, que se prolongou no gesto de não dar o braço ao marido quando desciam da aeronave. 

Macron também não deu o braço… mas a torcer, e minimizou o episódio. Por meio do seu gabinete, afirmou depois que se tratava de uma “briguinha” de casal (fico imaginando o que ocorre quando é briga mesmo!). 

O gabinete informou ainda que a imagem fora manipulada por IA (hoje tudo é ela!) para parecer mais violenta do que foi. Atribuiu a repercussão negativa do evento “à mídia pró-Russia”. 

Não há dúvida de o episódio é bom para o presidente russo, que tem em Macron um dos ferrenhos opositores à invasão do seu país à Ucrânia. Apanhar publicamente da mulher tira um pouco do brio do presidente francês e, por oposição, realça o machismo associado ao líder soviético. 

        Mas, enfim, tudo se supera, e não é difícil que, numa próxima viagem, o casal desça do avião sorrindo e de mãos dadas. Por via das dúvidas, a estar correta a minha tese, é prudente que o chefe da comitiva presidencial fique atento ao glamour das comissárias de bordo. E que, se for o caso, a primeira-dama se contente com uns beliscões.           

           

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