Vendo as mutilações feitas pelo editor, Wolf sofria como se os cortes ocorressem em sua própria alma. “Eu penei para escrever isso, agora você vem e corta!” Eis outra lição que o filme nos dá: nem sempre mais sofrimento corresponde a mais valor artístico. O autor sabia o que lhe custara cada palavra, cada confissão, cada lembrança associada à figura do pai, mas isso não queria dizer que tudo que escrevera valia a pena. Talvez o que viesse da maior dor fosse pouco eficaz do ponto de vista literário.
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
"O mestre dos gênios"
Vendo as mutilações feitas pelo editor, Wolf sofria como se os cortes ocorressem em sua própria alma. “Eu penei para escrever isso, agora você vem e corta!” Eis outra lição que o filme nos dá: nem sempre mais sofrimento corresponde a mais valor artístico. O autor sabia o que lhe custara cada palavra, cada confissão, cada lembrança associada à figura do pai, mas isso não queria dizer que tudo que escrevera valia a pena. Talvez o que viesse da maior dor fosse pouco eficaz do ponto de vista literário.
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
A carta
sábado, 15 de outubro de 2016
Aos mestres, com respeito
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Tempo e imagem
sábado, 8 de outubro de 2016
Diminutivos
Em grande parte das vezes, o diminutivo é apenas o invólucro de um conteúdo ameaçador. Se a sua mulher diz que está louca por um “vestidinho” que viu em tal vitrine, prepare-se para a má notícia: ele não custa menos de R$ 1.000,00! E quando o dentista diz que não vai doer, é só uma “picadinha”? Por acreditar nisso quando era pequeno, acabei traumatizado. Hoje não suporto dentistas, sobretudo os que nos enganam com diminutivos. São uns... “dentistinhas”.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Humor e autodepreciação
A autodepreciação é tradicionalmente
uma fonte de humor. Falar mal de si tem alguma coisa de engraçado, e os
humoristas sabem disso (que o diga, por exemplo, Woody Allen). Daí explorarem
ao máximo os juízos negativos sobre si mesmos.
Um dos mais famosos exemplos disso é a frase
de Groucho Marx: “Não entro para um clube que me aceita como sócio.” O autor dá
a entender que, recebendo alguém tão insignificante, esse clube não pode mesmo
ter qualidade.
Por que será que a autodepreciação faz
rir? Primeiro, pelo efeito surpresa. O ser humano é naturalmente egoísta e
narcisista. Ninguém espera que Narciso encare a própria imagem e, em vez de se
deslumbrar, assuma um ar contrafeito. Segundo, pela impressão que o humorista
dá aos outros de que lhe são superiores. É mais fácil rir das fraquezas e dos
infortúnios alheios do que dos nossos. E quando tais infortúnios ou fraquezas
são autoproclamados, a coisa fica mais engraçada ainda.
Há um terceiro motivo: o mecanismo da
identificação. Muitos dos que leem os comentários desabonadores têm de si o
mesmo conceito. Afinal, como disse Valéry, os homens se distinguem pelo que
aparentam e se assemelham pelo que escondem. Ninguém esconde o que é bom. A
identificação, como bem mostra Freud, é um importante mecanismo de gratificação
interior porque dá ao homem a certeza de que ele não está sozinho.
Vez por outra ensaio algumas frases na
linha autodepreciativa. O objetivo, claro, é fazer rir, mas isso não quer dizer
que às vezes eu não concorde com o que digo (e haja autodepreciação!). Se, como
diz Pascal, o eu é detestável, tentemos pelo menos encarar isso com humor. Eis
algumas dessas frases (que evidentemente não prestam, vindas de alguém tão sem
graça como eu...):
Sou capaz de amar o semelhante desde que ele não se pareça muito comigo.
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Certamente serei lembrado pela rapidez com que vão me esquecer.
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Não me recuso a aplaudir um auditório que me vaia. Afinal, alguém tem que
mostrar que está gostando.
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Antes de morrer, quero deixar uma marca. Só me falta o produto.
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Tentei fazer um pacto com o diabo, mas ele recusou. Disse que eu não
mereço confiança.
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Definitivamente, em matéria
de beleza masculina eu não faço o meu tipo.
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O indivíduo tem que gostar de
si mesmo, e isso para mim não é problema. Eu me amo – só que não sou correspondido.
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Não basta se conhecer. É
preciso também se perdoar. O problema é que, quanto mais o indivíduo se
conhece, mais difícil é para ele perdoar-se.
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Sou muito bom naquilo que não
faço.
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Não costumo culpar ninguém
pelos meus erros. Sou autoinsuficiente.
domingo, 2 de outubro de 2016
Desistência
sábado, 1 de outubro de 2016
Diálogos (14)
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