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Não se pode julgar uma pessoa por sua
crença. Querer que alguém adira a determinado credo constitui um abuso contra
as liberdade individual. Se o pensar é livre, a crença também o é. O crente tenta
convencer o outro dizendo “ minha crença é a verdadeira”.
Nada
o autoriza a afirmar isso, pois a verdade de uma crença é sobretudo a verdade
de quem crê. Em vez de a crença ser “minha por ser verdadeira”, ela se mostra “verdadeira
por ser minha”.
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Em crise de identidade, ele resolveu fazer análise para
descobrir quem era. Depois que descobriu, entrou em crise moral.
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Segundo Camus, o grande problema filosófico é o do
suicídio. Entende-se. O suicida assume conscientemente o propósito de morrer,
ou seja, nele o intelecto vai de encontro ao instinto de sobrevivência.
Normalmente razão e impulso vital caminham juntos, e a dissociação entre eles
não deixa de representar um curioso enigma para a filosofia.
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É
importante destacar quanto a linguagem concorre para a construção, em nós, do
que se chama de alma. A transcendência, que caracteriza a alma, decorre do
sentido que damos a nós e às coisas. Existe no homem o propósito de se espelhar
em tal sentido, que ele percebe como algo profundo e superior. A alma, seja lá
o que signifique, permite que ele se sinta distante da anônima e indiferente
natureza.
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Sábio é quem descobre e aceita a
verdade mesmo quando ela não o favorece. Isso contudo é difícil de ocorrer,
pois a maioria de nós prefere viver de ilusões.
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