A morte é a ausência da falta.
O augusto império do nada.
O augusto império do nada.
A vida que se desperdiça
por inépcia, volúpia
ou desejo de sobre os outros triunfar
não se resgata no além.
Os mortos não têm alma,
têm só a profunda calma
do desejo exaurido.
Ninguém precisa acreditar
em outro mundo para se tornar melhor
(nem sempre os que vão à igreja
são as melhores pessoas).
O justo salva-se aqui.
O injusto aqui se dana.
Não tem para onde ir
quem esta vida reclama.
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