Num mundo de tanta balbúrdia e inconsequência, o silêncio aparece como um oásis que alivia o espírito. É um meio de o indivíduo se voltar para si mesmo e perceber o quanto se alheia do essencial.
O muito que se diz ou escreve testemunha que somos inaptos para a vida. Quantas fórmulas inúteis ensinando como fazer! Quanta obviedade passando por clarividência filosófica! A verdade é que nada disso constitui um bom roteiro. É só um passatempo para a alma, que acaba se cansando como uma pessoa feia que inutilmente se adorna.
O essencial está no silêncio, que é o avesso do não dizer.
(Publicado em 7/5, Dia do Silêncio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário